Guest Post: De Manaus até a Venezuela e Guiana Inglesa de Carro
Hoje o blog dá início a uma nova seção: Guest Post. Nesta seção um convidado escreve um post e compartilha conosco suas experiências pelo mundo.
Quem escreve nosso primeiro Guest Post, é a minha prima e Jornalista Priscila Baracho. Ela mora em Manaus e trabalha como Assessora de Imprensa da Igreja Adventista do Sétimo Dia na região norte e centro-oeste do Amazonas.
Manaus – destino: Venezuela e Guiana Inglesa. Um passeio muito legal!
Por Priscila Baracho
Quando decidimos aproveitar a única estrada que liga o estado do Amazonas a outro estado, o de Roraima, ouvimos muitas histórias e a vontade de pegar uma estrada era grande, então, fomos conferir com nossos próprios olhos.
Saímos de Manaus com mais 3 amigos no domingo, 7 de fevereiro, aproveitando o feriado nacional. Foram 8h de carro até Boa Vista. Até Presidente Figueiredo/AM, são 128 km e completamos o tanque do carro para seguir. Ao contrário do que muitos pensam, a estrada é muito boa e passamos por paisagens belíssimas.
Logo depois de Presidente, são 100 km de estrada pela reserva indígena, é preciso passar entre 7h e 17h, para não ter problemas. Tem muitos postos no caminho para Boa Vista, o que também ajuda bastante durante a viagem.
No km 104, paramos para tirar fotos no monumento que marca a linha imaginária do Equador. Apesar de pichado, rende boas fotos de recordação.
De Boa Vista até Santa Elena de Uairén, na Venezuela, são 227 km e não há postos no caminho. É importante abastecer em Boa Vista antes de seguir viagem. O bolívar, moeda local, é bem desvalorizado. Para cada 1 real, você recebe 215 bolívares. Os preços de perfumes e cremes importados não são baixos, mas se encontram muitos produtos “genéricos”.
As lojas são bem misturadas, onde vende pneus, por exemplo, também é possível achar calçados e/ou brinquedos. Já para quem gosta de Tupperware, é o momento de adquirir conjuntos que custam de 20 a 30 reais, os produtos são originais.
Tanto na ida quanto na volta, não fomos revistados, nem pediram documentos. Só na volta, já na fronteira, um guarda pediu que abaixássemos os vidros, olhou dentro e nos mandou seguir. Mesmo assim, para não correr riscos, levamos os passaportes, carteiras de vacinação em dia e as identidades.
Infelizmente, por conta da crise vivida no país, não podemos trazer artigos de higiene pessoal e alimentos, o que é muito barato em comparação ao Brasil. Para se ter uma ideia, uma lata grande de cereal custa em torno de 4 reais. No km 100 fomos parados no posto de fiscalização agropecuária, eles sempre param no retorno, pois também é proibido trazer frutas e outros seguimentos agropecuários.
Lethem, a cidade localizada na Guiana Inglesa é o paraíso das compras. O dólar guianês é a moeda local. Para cada 1 real, você recebe 1 dólar guianês. Todos os produtos vem da China (o Iphone também vem..rsrs) e em sua maioria são “genéricos”, mas, é possível encontrar muitos artigos de boa qualidade que no Brasil qualquer um passaria longe pelo preço. Roupas, brinquedos, bolsas, malas, artigos para festa, é uma infinidade de coisas. As lojas seguem um padrão e todas são bem grandes, você raramente disputa espaços para comprar algo.
Lá, é mão inglesa, mas, assim que se chega na divisa, automaticamente a pista já conduz pelo lado esquerdo.
Existe uma loja chamada Bliss, que pesquisando, é considerada a mais elitizada de Lethem. Realmente os produtos são diferenciados. Mesmo assim, ainda se paga mais barato por artigos de decoração, brinquedos e roupas que são caros no Brasil. Eu comprei duas placas de metal para decoração por 25 reais, a mesma no nosso país sairia por cerca de 70 reais.
Para quem vem até Manaus ou Boa Vista, vale a pena esticar até esses dois locais, pois conhecer novos lugares sempre é uma experiência fantástica e de aprendizado!